NVIDIA lança novas GPUs RTX Pro focadas em estações de trabalho compactas e eficientes

NVIDIA lança novas GPUs RTX Pro focadas em estações de trabalho compactas e eficientes

Blackwell chega com força ao segmento profissional

Durante a SIGGRAPH 2024, tradicional vitrine de inovações da NVIDIA para o público profissional, a empresa anunciou a expansão da sua linha de GPUs RTX Pro baseadas na arquitetura Blackwell. Os novos modelos, RTX Pro 4000 SFF e RTX Pro 2000, chegam para atender desde usuários exigentes em IA até criadores de conteúdo e engenheiros que buscam desempenho em formatos mais compactos e econômicos.

Formato compacto, potência surpreendente

A RTX Pro 4000 SFF (Small Form Factor) é a sucessora direta da RTX A4000 SFF e promete melhorias significativas: até 2,5 vezes mais desempenho em inferência de IA, 1,7 vezes mais rápida em ray tracing e 1,5 vezes mais largura de banda de memória. Ela conta com 24 GB de memória GDDR7 ECC e quatro portas Mini DisplayPort 2.1, tudo em um design que cabe facilmente em workstations menores. A escolha pela GDDR7 em vez da HBM3 foi estratégica: além de mais acessível, essa memória oferece banda suficiente para os workloads pretendidos sem comprometer os custos de produção.

A placa utiliza a GPU GB203 com 8960 núcleos de sombreamento — mesma base da GeForce RTX 5070 Ti. No entanto, por operar com consumo limitado a 70 W, os clocks são mais conservadores. A memória GDDR7 também foi reduzida para uma taxa de transferência de 432 GB/s, devido ao barramento reduzido de 256 para 192 bits, o que permite acomodar 24 GB de RAM com 12 chips de memória.

RTX Pro 2000: solução profissional acessível

Já a RTX Pro 2000 mira em profissionais que precisam de confiabilidade, mas têm orçamentos menores. Com 16 GB de memória GDDR7 ECC, TDP de apenas 70 W e as mesmas quatro portas Mini DisplayPort 2.1, a GPU oferece desempenho notável: segundo dados da própria NVIDIA, é 1,6 vezes mais rápida em modelagem 3D, 1,4 vezes mais eficiente em aplicações CAD e 1,6 vezes superior em renderização em relação à geração anterior.

A placa é equipada com a GPU GB206 e 4352 núcleos, posicionando-se entre as GeForce RTX 5060 e 5060 Ti. A potência computacional declarada é de até 545 TOPS para tarefas de IA. A interface de memória foi reduzida para 128 bits, com taxa de transferência de 288 GB/s — uma limitação que visa manter o equilíbrio entre consumo, performance e custo.

Foco em IA e edge computing

Embora tenham origem em aplicações gráficas, as novas RTX Pro são também pensadas para o crescente mercado de inferência em IA, especialmente em edge computing. A busca por soluções compactas e energeticamente eficientes torna essas placas atrativas para OEMs e empresas que preferem opções discretas e de fácil integração, em vez de GPUs de servidor robustas e caras.

Esses modelos são alimentados exclusivamente pelo slot PCIe, dispensando conectores externos de energia — característica importante para estações de trabalho pequenas ou de baixo consumo energético. Isso aumenta a flexibilidade de implementação em ambientes com restrições de espaço e energia.

Disponibilidade e estratégia de mercado

Como de costume, a NVIDIA ainda não revelou os preços oficiais. A estratégia da empresa é conhecida: apresentar as especificações primeiro, observar a reação do mercado e da concorrência, e depois posicionar os preços conforme a disposição dos parceiros e a demanda dos clientes. Espera-se que, inicialmente, as novas RTX Pro sejam vendidas em pacotes com parceiros como Dell, HP e Lenovo, antes de chegarem ao varejo.

Com essas novidades, a família Blackwell se consolida como uma opção de alto desempenho e eficiência para o mercado profissional. As RTX Pro 4000 SFF e RTX Pro 2000 chegam não apenas para complementar o portfólio, mas para ampliar o alcance da NVIDIA entre usuários que priorizam tamanho compacto, confiabilidade e compatibilidade com cargas de trabalho modernas — especialmente aquelas impulsionadas pela inteligência artificial.